A comunicação social faz hoje eco da instauração de procedimento disciplinar a um profissional de enfermagem do Hospital de Chaves, na sequência do alerta por este feito sobre o deficiente funcionamento do serviço de urgência daquela unidade do CHTMAD em termos de médicos que o asseguram.
Infelizmente esse serviço de urgência é assegurado na primeira linha por médicos tarefeiros e não especialistas na sua maioria, remunerados em trabalho em presença física, e apoiados por médicos especialistas do quadro hospitalar.
E dizemos infelizmente porquanto este é mais um sinal do envelhecimento dos quadros médicos do SNS, que perante a perspectiva de lhes serem alocadas ao serviço de urgência 18 e não 12 horas do seu horário normal (como o SIM tem defendido) preferem eximir-se - quando atingem a idade legal que o permite - de as fazerem na totalidade, e mais um dos exemplos que justifica a existência de equipas médicas dedicadas de urgência (em moldes que o SIM igualmente defende) responsáveis e empenhadas. Mas o Governo prefere recorrer a médicos tarefeiros...
Cabe aos responsáveis médicos locais, e nomeadamente aos chefes de equipa, assegurarem-se de que as escalas são correcta e integralmente cumpridas, e que os recursos médicos estão permanentemente disponíveis para um adequado e rápido atendimento.