Rádio Renascença, 22 outubro 2024, Lusa
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) rejeita que as linhas telefónicas sejam uma "solução mágica" para resolver as dificuldades das urgências e questiona a eficácia do plano apresentado esta terça-feira, perante a falta de médicos de família.
"Nós não achamos que essas linhas telefónicas sejam uma solução mágica para resolver os problemas", adiantou à Lusa o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, numa reação ao plano de reorganização para as urgências de obstetrícia/ginecologia e pediatria apresentado em Lisboa.
Relativamente à criação da linha SNS Criança, uma das medidas que consta do plano elaborado pela Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Nuno Rodrigues referiu que a posição do sindicato é a mesma que manifestou sobre a SNS Grávida, criada recentemente no âmbito do plano de emergência do Governo para a saúde.
"Mais de 70% das grávidas foram encaminhadas na mesma para um serviço de urgência", salientou o dirigente sindical, que vê ainda "com dificuldade que haja médicos que consigam dar resposta" aos dois novos centros de atendimento clínicos pediátricos previstos para Lisboa e Porto.
Depois de referir que será ainda necessário perceber os detalhes do plano, Nuno Rodrigues alertou que em Lisboa e Vale do Tejo e na região Oeste existem zonas com cerca de 40% de utentes sem médico de família.
* Foto: Rádio Renascença