Médicos estão a entregar minutas de indisponibilidade para fazerem mais do que as 150 horas extras previstas na lei. A "situação é preocupante” e poderá ter maior impacto a partir de Outubro.
Segundo Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), "já terão sido ultrapassadas largamente as cinco centenas de declarações de indisponibilidade” que chegaram ao sindicato, entregas que se intensificaram nas últimas semanas. "Esta é uma decisão individual por parte dos médicos, de apresentarem a minuta quando o entendem, para defenderem os direitos dos doentes. O sindicato tem dado total apoio aos associados que pretendam apresentar a minuta, com a indicação para o fazerem 30 dias antes para permitir que as administrações hospitalares se organizem”, disse, lembrando que "enquanto a grelha salarial não ficar resolvida, o descontentamento não vai acabar”.
"Estamos totalmente disponíveis para encontrar soluções”, afirmou, considerando que "dada a situação que existe, o Governo tem de encontrar uma solução”. "Não será admissível termos hospitais distritais com urgências encerradas. Equipas abaixo dos mínimos e recurso a médicos prestadores de serviço sem especialidade não são solução. Cabe ao Governo encontrar uma solução, que não pode passar pela exigência de mais trabalho extraordinário. Tem de ser uma solução de contratação e de estabilização da carreira e um salário minimamente digno”, afirmou.
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