O SIM, depois ter esgotado todas as medidas - mesmo todas - para evitar greves, emitiu um pré-aviso, de 24 de julho a 22 de agosto, ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários.
Com isso, estão comprometidos os atendimentos complementares nos centros de saúde e os prolongamentos de horários.
Devido à incompetência do Governo, existem 1.553.360 portugueses sem acesso a médico de família (dados de 06/07/2023) - aos quais se juntam dezenas de milhares de emigrantes.
Estes utentes apenas têm a possibilidade de aceder a consultas nos cuidados de saúde primários através da prestação de trabalho extraordinário, que se tem agravado com o número crescente de utentes sem médico de família.
Essas consultas, a que se juntam as consultas esporádicas, feitas com sistemas informáticos obsoletos e agravadas pela pressão de cidadãos carenciados, sem outras alternativas, degradam as condições de trabalho, sobrecarregam os médicos e fazem aumentar o risco de erro médico.
A greve é uma forma de protesto extrema. Sabemos que irá afetar muitas dezenas de milhares de consultas, onde se incluem grávidas e crianças, e aumentar, ainda mais, a pressão nos serviços de urgência.
Fazemos um derradeiro alerta ao Governo para atentar a esta situação, para a levar a muito a sério. Esperamos que dada a sua incapacidade e incompetência, não instigue os cidadãos contra os médicos que nas últimas décadas se têm sacrificado pelo SNS e pela saúde dos Portugueses, não obstante a precariedade de meios e de recursos e o autismo do Governo perante as suas reivindicações.
Não cederemos a chantagem...
Está nas mãos do Governo evitar esta greve.
SIM ao SNS!