Os médicos dos Institutos Portugueses de Oncologia (IPOs) de várias especialidades prestam serviço de urgência, aberta ao exterior 24 horas por dia, 7 dias por semana, a todos os doentes inscritos no respectivo IPO (largos milhares) que necessitem de assistência. Não se trata sequer de uma urgência interna pois o seu âmbito extravasa muito o dos doentes internados.
Os Conselhos de Administração daquelas instituições entendem que tal actividade não se trata de um serviço de urgência interna e muito menos externa, não havendo como tal lugar ao pagamento do valor remuneratório do trabalho suplementar que tem vindo a ser feito por outras instituições hospitalares.
Perante esta situação de desigualdade e de manifesta falta de respeito pelos seus próprios profissionais, os médicos dos IPOs terão de equacionar a sua disponibilidade para continuar a assegurar tal actividade urgente aos fins de semana e feriados e exigir um cumprimento rigoroso dos limites (diários, semanais e anuais) do trabalho suplementar.