Em declarações ao Jornal Público, e a propósito do anunciado encerramento do bloco de partos nas próximas sexta e segunda feira por falta de médicos para completar as escalas de urgência, o Sr. Vogal do CA da Maternidade Alfredo da Costa Paulo Espiga espraia-se em lamentáveis considerações sobre uma sentida (por ele) "falta de boa vontade” dos médicos para feitura das escalas, e num período (segundo ele) de "grande agitação e de grande toque a reunir da corporação”.
A outra falava de falta de resiliência. Este fala de falta de boa vontade. Como se a defesa das boas e insubstituíveis condições em que os doentes são tratados fosse despiciendo. E despiciendo seja a observância das condições técnicas e deontológicas em que são assistidas grávidas e parturientes.
Honra seja feita aos médicos especialistas e internos da Maternidade Alfredo da Costa. Que não pactuam com irregularidades. E não permitem que as escalas sejam elaboradas em total desrespeito pelas orientações técnicas da Ordem dos Médicos e da DGS, ufanando se os CA de que não há encerramentos... como a daquele conhecido Centro Hospitalar do Norte do País que nas escalas de Obstetrícia para o mês de Setembro tem nada menos nada mais do que 22 (sim, vinte e duas) irregularidades.
Sr. Paulo Espiga, honoráveis senhores administradores hospitalares (de carreira ou nomeados para tais funções), prestimosos senhores directores clínicos de nomeação: os médicos, e no caso concreto os da especialidade de Obstetrícia/Ginecologia, não querem palmas. Querem RESPEITO.