Chegou ao conhecimento do Sindicato Independente dos Médicos – SIM que os Algarvios deixaram de ter, no Hospital de Faro, acesso ao Serviço de Urgência (SU) de Pediatria.
Essa situação estrutural foi mais evidente quando, após semanas de ocultação, o Conselho de Administração (CA) a assumiu, encerrando o SU entre 25 a 28 de Fevereiro.
Apesar dos apelos públicos e das promessas de solução, a situação mantém-se quase inalterada, com o CA a tudo fazer para a ocultar, ao mesmo tempo que, desde então, são muitos os períodos que não estão assegurados, por pelo menos 2 médicos especialistas em presença física.
A propaganda perde sempre que confrontada com a realidade. Neste caso, com prejuízo dos Algarvios.
Não é solução dizer que se resolve o problema colocando um médico sem especialidade ou com a especialidade de MGF. Tratando-se de um SU de Pediatria, o Serviço tem de incluir o mínimo estabelecido de médicos com a especialidade de Pediatria para garantir a complexidade das funções e o adequado atendimento quer à população do Algarve, quer à população que ali trabalha e passa férias.
Não é possível pedir mais trabalho a estes médicos, que já realizam centenas de horas de trabalho suplementar por ano. O recurso a prestadores de serviços, não é solução estrutural como se tem verificado.
O SIM exige que as equipas sejam completas, conforme estabelecido e conhecido: presença física de dois médicos especialistas de Pediatria, mais um médico interno.
O SIM exige respeito e transparência para com os Algarvios e que o CA exija do Governo medidas para que se ultrapasse esse problema.
Para quando a contratação de Pediatras? Sem isso, não restará outra possibilidade que não seja o encerramento do SU de Pediatria, o que obrigará ao recurso aos prestadores privados, atingindo especialmente os mais desfavorecidos.
O Secretariado Regional do SIM/Algarve