Foi hoje, finalmente, publicado em
Diário da República o novo sistema de incentivos à fixação de médicos, válidos por três anos, e que pretende ser um contributo efectivo para atrair médicos a fixarem-se na região.
O anúncio da publicação eminente já tinha sido feito pelo Secretário Regional da Saúde da Região Autónoma dos Açores referindo que este sistema inclui "incentivos à fixação de natureza pecuniária e não pecuniária”, estando previsto um "acréscimo ao salário base da carreira de assistente de 35% nas ilhas de São Miguel e Terceira”.
Nas restantes ilhas, o valor poderá ser de 40% ou 45%, "dependendo do grau de carência de cada uma das ilhas e do nível de especialidade identificada como carenciada”.
"Existe um outro conjunto de incentivos, como o transporte próprio e de familiares, de transporte de haveres e veículos para se fixarem nos Açores e há também um incentivo à fixação no valor de um IAS – índice de apoio social – que são cerca de 430 euros para apoio ao arrendamento de habitação”
O Secretário Regional disse ainda que o executivo está a "trabalhar num diploma que visa regular o trabalho suplementar” dos médicos, salientando que "há uma reivindicação justa e necessária de promovermos a progressão das carreiras médicas, que estão há muitos anos por ser reguladas e atualizadas. Há muito trabalho a fazer”.
Pena que os vários Executivos e responsáveis da Saúde no Continente não queiram ou não saibam ver qual o caminho a seguir para suprir a carência de recursos humanos médicos, com sucessivas noticias de encerramento de urgências hospitalares e demissão de responsáveis, com a enormidade de 1 milhão de portugueses sem Médico de Família (e com estes preocupantemente sobrecarregados, à semelhança alias dos seus colegas Hospitalares e de Saúde Pública).