Neste fim de semana, 4 e 5 de setembro, todos os hospitais da área da Grande Lisboa estiveram sem capacidade de receber urgências de Obstetrícia/Ginecologia.
A escassez de recursos humanos médicos fez ultrapassar todos os limites nos Serviços de Urgência de Obstetrícia/Ginecologia em todos os hospitais da Grande Lisboa, todos eles em estado de contingência.
Face a este cenário de calamidade o Centro de Orientação de Doentes Urgentes da Delegação Regional do Sul do INEM decidiu enviar as grávidas e parturientes para a área de influência de cada hospital, apesar do risco inaceitável que esta situação colocou para a segurança de grávidas, recém-nascidos e médicos:
«Em virtude de termos recebido a informação de que todos os Hospitais da área da Grande Lisboa não apresentam capacidade para receber urgências de Obstetrícia/Ginecologia o CODU passará a enviar todos os utentes para a área de influência de cada Hospital.»
INEM, Delegação Regional do Sul
Lamentavelmente a senhora Ministra da Saúde continua sem compreender que só conseguirá fixar mais médicos no Serviço Nacional de Saúde tratando-os bem, oferecendo-lhes condições de trabalho e remuneratórias adequadas ao seu nível de responsabilidade. E esta situação é tanto mais lamentável quando é recorrente, ano após ano.
O SIM exige menos propaganda e mais investimento no SNS.
Aos médicos dos hospitais em causa o SIM aconselha a apresentação de minutas de exclusão de responsabilidade por escassez de recursos humanos.