Chegou a conhecimento do SIM que, inopinadamente e sem qualquer razão, os médicos do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve estão ameaçados de verem as suas férias suspensas!
Não pondo em questão a legalidade do procedimento, o SIM lamenta que esta falta de planeamento faça com que os médicos, que no ano passado já viram as suas férias suspensas, mais uma vez tenham esse problema, prejudicando a família e o seu repouso essenciais para decisões corretas.
Mais preocupada com a imagem e a propaganda, a senhora presidente do CA do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve cria as condições para ser ainda menos atractivo aí trabalhar! Ao invés de contratar médicos, ao invés de criar condições de atractibilidade, o CA do Hospital de Faro usa a política do chicote e da prepotência.
Ainda na semana passada mais de metade das vagas hospitalares para recém-especialistas ficaram por preencher!
A bem da sanidade mental dos médicos, que trabalharam mais de três centenas de horas a mais para além do seu horário normal de 40 semanais, assegurando o acompanhamento dos doentes e colmatando a incompetência da não contratação ou da existência de sequer um plano especial para o Algarve, o SIM apela a que prevaleça o bom senso.
O SIM apela ainda a que o Ministério da Saúde, em diálogo com os sindicatos crie as condições de não depauperar os já débeis recursos humanos do SNS, prejudicando a população e em especial os mais débeis.
Condições essas que terão de inevitavelmente passar por uma revisão da grelha salarial que seja apelativa à integração dos novos especialistas no SNS e à sua permanência.
Caso contrario situações como as recentemente verificadas no Centro Hospitalar de Setúbal ou nos concursos para Médicos de Família na ARS LVT irão multiplicar-se.