Assiste-se no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) a um inadmissível processo de assédio dos Especialistas de Pneumologia daquele Centro Hospitalar, colocando em risco de assistência insuficiente os doentes internados e em risco de possibilidade acrescida de erro/negligência o único médico escalado.
Verifica-se nesta instituição hospitalar, e por determinação da sua Diretora Clínica, a alocação de apenas um especialista/médico diferenciado, no caso um Assistente de Pneumologia, o qual é responsável por toda a área de internamento COVID+, atualmente constituída por três enfermarias e com a lotação máxima de 125 camas, das 20h às 8h diariamente.
Hoje eram já 95 os doentes de nível terapêutico 1-2, com variadas e graves patologias, a cargo desse Especialista, "apoiado" apenas por um interno de especialidade (habitualmente internos de especialidades cirúrgicas do 1º ano). São doentes com múltiplas patologias médico-cirúrgicas e comorbilidades.
O SIM sabe que o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos já interpelou formalmente os responsáveis para o facto de "a execução de tal ordem ser suscetível de representar um risco acrescido para a saúde dos doentes, e, por certo, importa para estes médicos a assunção da responsabilidade de vigilância e prestação de cuidados a doentes, cujo quadro clínico é instável, e como sabemos, com hipóteses elevadas de agravamento súbito e de descompensação".
A situação é do pleno conhecimento do sr. presidente do Conselho de Administração do CHVNGE, que prometeu informalmente que a escala iria ser reforçada... mas o que se viu quanto a reforços foi meramente a de um esforçado interno da área cirúrgica...