Mais um caso... curiosamente (ou não...) no Alentejo e no distrito de Évora, na área de influência do ACES Alentejo Central e da Segurança Social de Évora, os mesmos do tão badalado caso de Reguengos de Monsaraz.
Desta vez em Évora um lar ilegal, que já teria sido alvo de uma
determinação de encerramento em 2016, mas que continuou a funcionar com o beneplácito da Segurança Social e da Autarquia...
Sem quadro clínico próprio como a grande maioria das ERPIs (Estrutura Residencial para Idosos), sejam eles privados ou do sector social...
Sem campanhas de prevenção e detecção precoce porque os Ministérios da Saúde e da Segurança Social, e em última análise a ARS Alentejo, assobiam para o ar...
Assobiam até estalar o atingimento pela pandemia de COVID-19... e o pânico se instalar em utentes e profissionais, e se desencadear a legítima preocupação dos seus familiares.
Das anunciadas Brigadas de Intervenção Rápida, anunciadas com pompa e circunstância pela Segurança Social, nem vê-las... devem estar de férias...
Quem acorre? Os suspeitos de costume... os Médicos de Família e os Enfermeiros de Família, que cobardemente abandonam o seu local de trabalho e os seus doentes para, indevidamente, apagarem fogos...
E que, muito bem, referenciaram para os cuidados hospitalares para avaliação cuidada e estes, por sua vez e quando não é necessário internamento, para outras instalações (no caso presente uma residência universitária) e nível de prestação de cuidados...
E o pior ainda pode estar para vir, sabendo nós como a manta é curta...
É urgente que Ministério da Saúde, Ministério da Segurança Social e Poder Autárquico assumam as suas responsabilidades e interiorizem que há todo um mundo além da COVID-19... e que para este invistam na prevenção, na detecção precoce e na contratação específica de profissionais.