Muitos meses depois do prazo para recondução, e salvos pelo virus, vigora o deslumbramento do exercício de poder e o excesso de zelo... ou simplesmente a desorientação?
Pela primeira vez a Humanidade respondeu ao aparecimento de um novo vírus com potencial de pandemia, de forma tão eficaz. A tecnologia actual, a monumental campanha de difusão de medidas de controle, a simplicidade dessas medidas e a utilização do sentimento mais poderoso – o medo – tornaram a contenção uma forma generalizada de controle.
Neste contexto houve, no entanto, profissionais que tiveram de manter a sua actividade, uns para manter a subsistência das populações, outros para manter as unidades de saúde a funcionar.
Dentro dos Hospitais houve necessidade de grandes transformações, criação de circuitos, protocolos, profissionalismo, mas também receios, cautelas e coragem. Os médicos que tinham actividade complementar fora dos Hospitais públicos, pararam essas funções. Tudo contribuiu para resultados de que nos podem orgulhar e que, três meses depois, nos permitem chegar ao chamado "desconfinamento" que está progressivamente a "libertar" as pessoas.
Da continuidade dos cuidados e precauções todos estamos conscientes, mas as Administrações dos Hospitais por todo o país vão retomando o cumprimento dos acordos colectivos de trabalhos.
Todos? Não.
Em Coimbra há uma Administração – a do CHUC – que dia 22 de Maio à tarde emite uma circular que pretende escravizar os seus médicos no Hospital, desrespeitado a lei.
Quando restaurantes, esplanadas, cabeleireiros, e a época balnear já abriram, o Conselho de Administração desrespeita os seus profissionais e pretende aprisionar os seus médicos.
O SIM exorta os seus associados a não se deixarem intimidar e reafirma que não queremos palmas, queremos respeito!!!