Senhor Primeiro-Ministro
Excelência,
Os SAMS e a Cruz Vermelha têm de estar envolvidos no esforço nacional de proteger a saúde dos portugueses.
A falta de acompanhamento de doentes com doenças crónicas, não infetados pela pandemia, é grave e ontem mesmo assumido como preocupação por parte do Ministério da Saúde depois de várias entidades o terem feito, nomeadamente o SIM e a Ordem dos Médicos.
Para além disso, continua a haver enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, fraturas e cancros com necessidade de tratamento inadiável.
Pela presente vem o Sindicato Independente dos Médicos-SIM fazer o novo apelo para que se envolva todos os recursos médicos disponíveis no país, reorganizando onde possível os hospitais públicos, instituições de solidariedade social e entidades privadas.
Reforçamos o pedido para que os SAMS cesse o lay-off e coloque os seus profissionais a apoiar pelo menos os seus mais de 90.000 beneficiários e que o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa deixe de afrontar os profissionais do Hospital da Cruz Vermelha com ameaças de lay-off e permita que a direção clínica e os médicos trabalhem.
O acréscimo dos utentes destas duas instituições ao já débil e fustigado SNS não augura nada de bom.
Com os melhores cumprimentos,
Lisboa, 15 de Abril de 2020
O Secretário-Geral do SIM,
Jorge Roque da Cunha