Face às críticas crescentes à gestão da Crise do COVID-19 pela Srª Directora Geral da Saúde e pela Srª Ministra da Saúde, o Sr. Primeiro-Ministro assumiu para o bem e para o mal o controlo da sua gestão, asseverando contudo na AR que não se despedem generais a meio das batalhas.
Mas com o fiasco ensurdecedor de uma tal Linha de Apoio ao Médico (LAM) em responder às legítimas dúvidas dos profissionais face às indefinições percepcionadas e vivenciadas, LAM essa criada em cima dos joelhos e assegurada pelos telefones pessoais e videoformação rápida, com médicos voluntários arrebanhados pelas ARS com promessas de um pagamento que ainda está em estudo, arrebanhamento esse que parece estar difícil ao ponto de o senhor presidente da APMGF fazer um lancinante apelo para que os Médicos Internos de Medicina Geral Familiar nela participem e dourando o apelo com menção a que "essa acção se enquadra no programa de formação do internato e tem naturalmente valor curricular "... (muitas dúvidas... outra coisa seria se essa participação fosse de Médicos Internos de Saúde Pública como já esta a ocorrer em pelo menos um ACES do Norte) alguma coisa tinha de ser feita.
E como a gestão da crise parece ter estado a ser confiada a um serviço de call center, conhecido como SNS24 e desde 2017 sob a batuta dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), menina dos olhos de muita gente e muito propagandeada mas que deixou 25% das chamadas por responder no primeiro pico de procura, pois face também a este fiasco quem levou com a batuta foi o até aqui general e guru Henrique Martins... que atenção, não foi despedido mas apenas não foi reconduzido (a sua comissão de serviço tinha terminado em 31 de Dezembro) parecendo esta ser uma fácil justificação para o seu afastamento.
Mas isto não iliba a responsabilidade do Governo em dizer que está tudo bem quando nem sequer um Plano de Contingência tem ultimado.