Honrando o inefável destino, a crise do SNS tinha que chegar ao papel higiénico.
Pelo menos, entremeado pela chacota, é o que pensam os profissionais de saúde do ACES Cova Da Beira, UCSP de Belmonte.
Há dois meses que não há reposição de papel higiénico.
Todos foram convidados a trazer precaução de casa, não fosse a tripa trocar as voltas, e todos foram avisados que as sobras, o fundo do tacho, é para abastecer a casa de banho dos utentes, não vão estes safar-se com material menos próprio e entupir o esgoto.
Só que, o que parece não poder piorar piora sempre. Acabou mesmo. Súplica para as forças vivas locais e, yuppi, papel higiénico a caminho com a bênção gratuita de uma superfície comercial.
E pronto, os profissionais da casa sugeriram que um magnânimo cartaz, á porta de cada casa de banho, se expusesse de modo a que os utentes pudessem agradecer tão benemérito e premente contributo para que o dito cujo continuasse a ser limpo como manda a etiqueta social.
Talvez outras superfícies comerciais se cheguem à frente neste generoso e patriótico contributo em todas as Unidades de Saúde do País, a bem do SNS, incapaz de manter o stock de papel higiénico em níveis operacionais.