Diário de Notícias, 24 novembro 2019, Paulo Ribeiro Pinto
É uma dura crítica à forma como tem sido gerido o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao longo dos últimos anos. No relatório da evolução orçamental de janeiro a setembro divulgado na semana passada, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) faz, pela primeira vez, uma análise do SNS e volta a sublinhar a "suborçamentação sistemática do Serviço Nacional de Saúde", que tem resultado em sucessivas injeções de capital.
E, para cobrir o buraco nas contas, os técnicos referem que "o governo opta por realizar reforços de capital nas entidades pertencentes ao SNS", mas é uma opção criticada, pois "não propicia aos gestores as condições adequadas para a prossecução dos objetivos traçados, pois à partida dispõem de menos recursos financeiros do que os necessários, situação esta que inibe planeamento a médio prazo e ganhos de eficiência, ao mesmo tempo que potencia estrangulamentos de tesouraria com efeito no aumento dos prazos médios de pagamento e do valor da dívida não financeira".
A UTAO sublinha ainda que os reforços de capital têm servido para "aliviar" os efeitos das dívidas a fornecedores, "mas não contêm incentivos para reverter estruturalmente o problema".
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