Dir-se-ia que desaparecido em combate, tal a discrição que tem pautado esta sua passagem (mais uma) pela governação da Saúde.
Voluntária ou imposta, o certo é que o senhor Secretário de Estado-Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, quebrou tal discrição e fez declarações públicas à saída do debate da passada quinta-feira, 27 de junho, na SIC Notícias, e relatadas pelo
Expresso.
Que pena!
É que dizer que:
"A Saúde não é mais importante que a Educação, Cultura ou Justiça”
"A autonomia [do Ministério da Saúde] conquista-se fazendo por merecê-la, mostrando que se tem responsabilidade. A importância da Saúde por si só não é suficiente.”
parece vir na senda das declarações infelizes, desajustadas ou o que lhe queiram chamar, da equipa da Saúde.
Como pode o senhor Secretário de Estado estar tão enganado, ou no mínimo tão mal informado?
Como pode um responsável ignorar que o estudo no âmbito do
projeto 3F (Financiamento, Fórmula para o Futuro, iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares), divulgado em outubro de 2018 mostra que «78% dos portugueses consideram que a Saúde tem o valor máximo na escala de importância»?