Enquanto na Madeira se assina um acordo pioneiro que estabelece e define horas (4 a 6 horas semanais) para TODOS os orientadores de formação de TODAS as áreas de exercício profissional, tipos de consulta médica e duração MÍNIMA dessa consulta, PAUSAS nos períodos de trabalho, automatização dos DESCANSOS compensatórios, regras para a alteração de HORÁRIOS, entre outros, no Continente continuamos a aguardar que as entidades empregadoras públicas deixem de bloquear a negociação dos Acordos Coletivos de Empregador Público / Acordos de Empresa!
Pois bloqueio é aquilo a que se assiste na ARS Centro (Centro Hospitalar Universitário Coimbra) e principalmente na ARS Norte (ACES da ARSN, Centro Hospitalar do Porto e Unidade Local Saúde Matosinhos).
No caso particular desta última ARS as reuniões sucedem-se desde 1 de julho de 2016, espaçadas por vários meses, com atrasos e omissões na apresentação de contrapropostas às propostas sindicais, faltas de comparência do CHP, invocação da necessidade de parecer prévio das Finanças e da Administração Pública, aparentemente rejeição por estas entidades de toda e qualquer modificação do atual panorama de indefinição e vazio nas normas particulares de organização do trabalho médico a que os sindicatos médicos querem pôr cobro.
A última reunião foi a 19 de maio de 2017 e basicamente não se passou de um repositório ao melhor estilo "cartilheiro" de uns "depois vemos", "vamos analisar", "depois dizemos" por parte das entidades empregadoras sob a coordenação da ACSS.
Fanáticos da série vencedora de Emmys "Game of Thrones" já nos sugeriram que alguém fosse posto a percorrer as ruas debaixo dos apupos da populaça, com uma matrona atrás abanando um sino e repetindo incessantemente "shame", "shame", "shame"...