O Ministro da Saúde tem sido claro nas dívidas dos Hospitais nomeadamente a nível de medicamentos.
Segundo a imprensa parece haver disposição da Troika para permitir um aconchego de 1.200.000.000 € para reduzir a dívida em medicamentos.
Também segundo a imprensa, a Troika faria depender desse aval o encerramento imediato de vários serviços e Unidades, principalmente em Lisboa, e o envio para mobilidade de mais de 1.000 médicos.
Ora é justamente aqui que entra o BES, através da SGHL - Sociedade Gestora do Hospital de Loures, S.A., sociedade pertencente ao Grupo Espírito Santo Saúde que, com o capital social de 50.000 €, é responsável pela gestão do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, em parceria com o Estado Português.
Num contrato tipo a que Simédicos teve acesso, os trabalhadores médicos que vierem a ser contratados por aquela Sociedade e para aquele Hospital são, "originariamente titulares de uma relação jurídica de emprego público" e em situação de cedência por interesse público, após despacho de SE o Ministro da Saúde.
Neste contexto, quanto mais depressa a troika autorizar o pagamento de dívidas dos Hospitais tanto mais depressa terão que encerrar Hospitais e tanto mais médicos estão em mobilidade sujeitos a despachos de cedência de interesse público, diminuindo drasticamente o valor do trabalho médico no mercado e facilitando a vida ao contraente BES.
Troika amiga!
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